Prezado(a) leitor(a):
Depois da enxurrada de comentários positivos e negativos que recebi por causa do post “Apocalipse 17, o oitavo rei, Bento XVI e os ‘profetas de plantão’”, decidi fazer alguns esclarecimentos e apresentar algumas observações para auxiliar aqueles que não entenderam bem o que escrevi.
1) Não apresentei um estudo particular sobre Apocalipse 17, mas apenas um comentário sobre o sensacionalismo dos “profetas de plantão”, que não podem ver o papa “se mexer na cadeira” e que já começam a conjecturar de maneira irresponsável. O estudo que disponibilizei foi o de Ekkehardt Mueller, do Biblical Research Institute, como se pode ver ao final do post.
2) Todavia, a interpretação do Mueller não é o posicionamento final da Igreja Adventista sobre esse assunto. Para esse tema há diferentes interpretações – algo natural, em se tratando de profecias não totalmente cumpridas e do mundo acadêmico. Desse modo, sugiro que os interessados pesquisem e se familiarizem com outras interpretações que possam ser aceitas biblicamente.
Em momento oportuno pretendo disponibilizar mais estudos para que cada pessoa conheça as diferentes interpretações para Apocalipse 17, avalie por si mesma e escolha a interpretação que julgar a mais correta. Todavia, não o farei agora porque no momento em que redijo essas linhas (12/2/2013) estou em fase de conclusão de meus estudos, com alguns requisitos urgentes para cumprir.
3) O que fiz em meu post foi condenar o sensacionalismo e os mitos que propagam por aí quanto à “sucessão de papas” antes da volta de Cristo. Tal especulação em torno de “papas” não é bíblica e não faz parte da teologia oficial adventista.
A ênfase da profecia em Daniel 7 e Apocalipse 13 está poder papal e não em papas isolados. Quem somos nós para julgarmos as pessoas (Mt 7:1, 2), e para duvidar que a graça de Jesus possa levar para o céu vários papas que viveram segundo a luz que tiveram? (Mt 16:27; Ap 22:12. Leia-se O Grande Conflito, p. 449).
4) Reconheço que fui de certo modo intolerante. Entendam que minha intolerância é contra o sensacionalismo e não contra as pessoas em si, que foram iludidas por toda essa lenda em torno de Apocalipse 17. Se tais irmãos (sinceros) entenderam minhas reflexões como sendo dirigidas a eles em particular, peço que me perdoem. Não foi minha intenção magoá-los.
Pelas igrejas aonde vou, os irmãos que convivem pessoalmente comigo sabem que nunca discuto pessoas, mas ideias. E que me esforço, mesmo com minhas limitações de um grande pecador, para ouvir a todos com paciência – desde que minha moral não seja ferida.
5) Outra observação a ser feita é sobre o caráter nada cristão de muitos comentários. Houve pessoas que fizeram um julgamento de minha pessoa como se me conhecessem pessoalmente, além de me dirigirem sérios ataques pessoais. A esses mais irritados, recomendo a leitura de Colossenses 4:6:
“O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um”.
Além disso, sugiro que avaliem o teor de suas afirmações à luz do fruto do Espírito mencionado em Gálatas 5:22,23, e que considerem a possibilidade de estarem desobedecendo a Mateus 7:1-5.
Discutir ideias é uma coisa; discutir pessoas, outra bem diferente. Discordar de minha opinião é natural e faço isso diante de todas as que considero erradas. Porém, fazer ataques à minha pessoa, tentar “decifrar minha psique” e, de certo modo, pretender saber a meu respeito mais que minha amada esposa, é muita pretensão. E perda de tempo.
Sou um eterno aprendiz e se hoje tenho adquirido algum conhecimento bíblico é porque, além de buscá-lo em Deus, peço a irmãos e líderes de igrejas, amigos e pastores que me corrijam naquilo que eu erro, e me ensinem o correto. Digo isso para que saibam que sou aberto às críticas, desde que sejam instrutivas e não destrutivas.
6) Enquanto Deus me der vida, continuarei combatendo as heresias, mitos e sensacionalismo (de fora e de dentro da igreja), gostem ou não algumas pessoas. Meu objetivo é auxiliar a todos e contribuir para o estabelecimento das verdades do Reino de Deus. Todavia, meu alvo supremo é agradar ao bendito Criador de todas as coisas (At 5:29).
Desse modo, se alguém pensa acessar esse blog para “ler o que gosta”, ao invés de ler também “o que precisa”; se alguém prefere “uma mentira que lhe faça sorrir”, ao invés de “uma verdade que lhe faça chorar”, sugiro com todo respeito que não leia mais os artigos deste blog.
7) Relembro que não sou a voz oficial da igreja. Quem afirmou essa barbaridade em alguns comentários precisa conhecer mais sobre a estrutura administrativa da referida denominação.
Porém, assim como qualquer outra pessoa livre, fiz a minha leitura do sensacionalismo que tem iludido muita gente sincera. A igreja a qual pertenço e o país onde moro dá esse direito a mim e a todas as pessoas. Claro: em se tratando da igreja, de modo algum minha opinião deverá contrariar a Palavra de Deus (Is 8:19,20).
8) Para finalizar, meu propósito principal foi estimular o leitor a ser um “diligente estudante da Bíblia” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 625) e “sacudir” àqueles que estão “satisfeitos” com teorias mirabolantes. Também quis despertar aos que não suportam à sã doutrina e que “sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo os seus próprios desejos” (2Tm 4:3, NVI), a fim de que se libertem de seus “(pré)conceitos apocalípticos”.
Já fomos o povo da Bíblia e precisamos voltar a sê-lo se quisermos enfrentar os últimos enganos do inimigo, no desfecho final do conflito entre o bem e o mal (Cf. 1Pe 5:8; 2Ts 2:10). Artigos como o de Alberto R. Timm, intitulado “Podemos ainda ser considerados o ‘Povo da Bíblia’?”, deveria ser levado mais a sério por toda nossa membrezia. (Para lê-lo na edição da “Revista Adventista” de junho de 2001, vá até a página 14 depois de clicar aqui).
Agradeço pela compreensão e peço orações pela Rede Novo Tempo, pelo programa “Na Mira da Verdade” e pelas muitas pessoas que têm conhecido e aceitado as verdades da Bíblia através do mesmo.
Um abraço e que Deus abençoe a cada um.
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