terça-feira, 27 de março de 2012

Deus não predestinou crianças para serem sacrificadas aos ídolos pagãos

O calvinismo apresenta um deus mais cruel que qualquer pai humano pecador.
No momento estou lendo o livro do profeta Jeremias. Uma das coisas que têm me impressionado é a quantidade de textos que destroem por completo qualquer tentativa de apresentar a Deus como o “Soberano” responsável pelo mal.
O teólogo e ex-calvinista Clark Pinnock certa vez escreveu que a doutrina da predestinação coloca a pessoa “em dificuldades agonizantes de primeira grandeza” (leia mais sobre isso clicando aqui). Afinal, por crer nesse ensino, o indivíduo se vê obrigado a explicar como Deus predetermina que as pessoas façam as coisas erradas que Ele tanto odeia! Pinnock tem razão, nesse ponto.
Quero separar tempo para sistematizar todos esses textos para você, porém, agora, gostaria de transcrever apenas dois versículos que lhe servirão de auxílio no estudo com amigos calvinistas (que creem na dupla predestinação: para a vida eterna ou para a perdição). Vamos lá:
“Porque eles me abandonaram e profanaram este lugar, oferecendo sacrifícios a deuses estranhos, que nem eles nem seus ante­passados nem os reis de Judá conheceram; e encheram este lugar com o sangue de inocentes. Construíram nos montes os altares dedicados a Baal, para queimarem os seus filhos como holocaustos oferecidos a Baal, coisa que não ordenei, da qual nunca falei nem jamais me veio à mente.” (Jr 19:4, 5, Nova Versão Internacional).
Se uma pessoa não rasgou de sua Bíblia tais textos, ela não pode continuar sendo calvinista. Os versículos dizem que o povo abandonou a Deus e não que Deus fez com que eles O abandonassem. A Bíblia diz que eles encheram Jerusalém de sangue de inocentes e não Deus. Jeremias não deixa de dúvidas de que eles adoraram deuses pagãos por vontade própria e não por que Deus os tornou idólatras ao “predestiná-los”!
Continuemos em nosso raciocínio. Você consegue, caro leitor, imaginar que um Deus de amor (1Jo 4:8, 16), que tem sonhos eternos para as criancinhas (Mt 19:13-15), em algum momento, “predestinou” que várias delas fossem sacrificadas a ídolos pagãos pelo próprios pais (Jr 19:5)? Se você crê que tais criancinhas foram sacrificadas por causa da dureza do coração dois pais delas, e por que eles assim escolheram (e não Deus), você não pode ser um calvinista, assim como eu.
Uma pergunta importante que você pode fazer a um irmão calvinista sincero, com base em Jr 19:5, é: “como Deus teria predestinado aquelas crianças para serem sacrificadas se Ele mesmo disse que aquilo nunca passou por Sua ‘mente’?” Peça, carinhosamente, uma resposta bíblica e lógica, sem a desculpa do “paradoxo”.
"Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam..." (Jesus, em Mateus 19:13).
A Bíblia ensina que o responsável pelo mal é um anjo caído (Ez 28:13-15) chamado (entre outros nomes) de “Diabo” e “Satanás” (Ap 12:9). A Palavra de Deus nos ensina que esse ser, que havia sido criado perfeito (Ez 28:15) rebelou-se contra Deus e contra o céu (Ap 12:7-12) tendo, desse modo, de ser expulso do Paraíso celestial, juntamente com os anjos que o seguiram naquela terrível rebelião (2Pe 2:4).
Quando Satanás veio para a Terra com seus anjos e enganou Adão e Eva (Gn 3; 2Co 11:3), a humanidade passou a fazer parte de um conflito cósmico entre o bem e o mal. E a saída para sermos vitoriosos é nos apegarmos a Jesus e O aceitarmos como nosso Salvador (At 4:12) e Senhor (Mt 7:21-23), vivendo pela fé nEle todos os dias até o momento em que Ele voltará pela segunda vez (Hb 9:28), para acabar definitivamente com o mal e seu autor (Rm 16:26), e restabelecer a alegria e a paz universal (Ap 21:1-4; Ap 22).
Portanto, Deus predestinou o PLANO DE SALVAÇÃO e não quais pessoas seriam salvas e quais se perderiam (1Pe 3:9; A
p 22:17).
Não é mais lógico (biblicamente falando) explicarmos a origem e o final do mal dessa maneira, ao invés de “culparmos” a Deus, dizendo que Ele foi o responsável por todas as desgraças da humanidade? Não é mais coerente com todas as regras do bom senso acreditar quer o sacrifício de crianças foi o fruto da atuação do Diabo e do coração perverso dos pais delas, que, ao invés de se deixarem influenciar pelo Espírito Santo para fazer o bem (Jo 16:8-10), permitiram que Satanás as influenciasse para o mal (Cf. Jo 8:44)?
Deus tem uma lógica melhor a lhe oferecer do que “lógica” apresentada pela doutrina da dupla predestinação. Através da doutrina do Grande Conflito entre o bem e o mal, Ele ensina a verdadeira origem do pecado, como ele findará e de que modo podemos ser vencedores (leia Ef 6:10-18).
Além disso, com a correta (e bíblica) compreensão da origem do mal, você não é colocado no terrível dilema agonizante mencionado por Pinnock: explicar como Deus predetermina que as pessoas pequem e façam o mal, sendo que Ele odeia tais coisas.
Pense nisso com carinho e aceite a Bíblia como ela é apresentada por Deus.


[Livro "Na Mira da Verdade": www.leandroquadros.com.br]

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