Cidade do Vaticano, 16 mai 2012 – Bento XVI apelou hoje no Vaticano ao respeito pelo domingo como “dia de descanso”, pedindo atenção às necessidades das famílias na sua relação com o mundo do trabalho.
O Papa falava perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a audiência pública desta semana, evocando a celebração, esta terça-feira, do Dia Internacional das Famílias, promovida pela ONU e dedicada este ano ao “equilíbrio entre duas questões estreitamente ligadas: a família e o trabalho”.
“Este último não deveria colocar obstáculos à família, mas, pelo contrário, sustentá-la e uni-la, ajudá-la à abrir-se à vida e a entrar em relação com a sociedade e com a Igreja”, disse.
Bento XVI pediu, neste contexto, que “o domingo, dia do Senhor e Páscoa da semana, seja dia de descanso e ocasião para reforçar os laços familiares”.
O Papa saudou, por outro lado, o presidente da confederação internacional da Cáritas, cardeal Oscar Rodríguez Maradiaga, deixando votos de que o novo quadro jurídico da instituição católica, mais próxima do Vaticano, possa “apoiar e encorajar o “importante serviço aos que vivem maiores dificuldades”.
A tradicional catequese deste encontro semanal foi dedicada esta manhã à oração nos escritos do Apóstolo São Paulo, autor de várias cartas que integram o Novo Testamento.
“Muitas vezes rezamos a Deus, para que nos livre de males e tribulações; mas temos a impressão de não ser ouvidos e desanimamos. Ora, não há grito humano que não seja ouvido por Deus e é precisamente na oração constante e fiel que compreendemos, com São Paulo, que ‘os sofrimentos do tempo presente não impedem a glória futura de se revelar em nós’”, afirmou Bento XVI, em português.
O Papa acrescentou que “a resposta do Pai a seu Filho não foi a libertação imediata dos sofrimentos, da cruz, da morte, mas precisamente através da cruz e da morte – como expressão do amor supremo – Deus respondeu, para além de todas as expectativas humanas, com a ressurreição”.
A todos saúdo, confiando à Virgem Maria os vossos corações e os vossos passos para que neles se mantenha viva a luz de Deus”, referiu aos peregrinos de língua portuguesa.
Na parte fina da sua intervenção, Bento XVI saudou os membros da comunidade católica ‘Shalom’, que assinala o 30.º aniversário da sua fundação, convidando-os a “prosseguir com entusiasmo no testemunho evangélico” como “alegres instrumentos do amor e da misericórdia de Deus”.
Agência Ecclesia
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