segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Vencendo o egoísmo
Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar. 1 Coríntios 10:33.
Há no coração de muitos um elemento de egoísmo que se apega a eles como se fosse lepra. Por tanto tempo consultaram seus desejos, o próprio prazer e conveniência, que não julgam que os outros tenham algum direito sobre eles. Seus pensamentos, planos e esforços concentram-se neles mesmos. Vivem para si, e não cultivam a desinteressada beneficência, que, posta em prática, havia de aumentar e fortalecer-se até se tornar um deleite — viver para o bem dos outros. Esse egoísmo deve ser reconhecido e verificado, pois é pecado grave à vista de Deus. Precisam praticar um especial interesse na humanidade; e, assim fazendo, levariam o coração em mais íntima ligação com Cristo, e seriam imbuídos de Seu espírito, de modo que se apegariam a Ele com tão firme tenacidade que coisa alguma os poderia separar do Seu amor.
O homem cuja experiência é a menos invejável é aquele que encerra suas simpatias dentro do próprio coração. Os que maior soma de bem fruem da vida, que sentem a mais verdadeira satisfação, são os que recebem para dar. Os que vivem para o próprio eu acham-se sempre em necessidade, pois nunca se sentem satisfeitos. Não há cristianismo em encerrar nossas simpatias em nosso coração egoísta. Devemos levar claridade e bênção para a vida dos outros. O Senhor nos escolheu como condutos através dos quais possamos comunicar aos outros Suas bênçãos.
Vem o tempo em que a Terra há de vacilar como o bêbado, e ser movida e removida como a choça de noite. Isaías 24:20. Mas os pensamentos, os propósitos, os atos dos obreiros de Deus, embora agora invisíveis, aparecerão no grande dia da retribuição e recompensa finais. Coisas agora esquecidas aparecerão então como testemunhas, ou para aprovar ou para condenar.
Amor, cortesia, abnegação — isto nunca se perde. Quando os escolhidos de Deus forem transformados, de mortais para imortais, suas palavras e atos de bondade se tornarão manifestos, e serão preservados através dos séculos eternos. Nenhum ato de serviço abnegado, por pequeno ou simples que seja, jamais se perderá. Pelos méritos da justiça de Cristo a fragrância dessas palavras e atos será preservada para sempre.
Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais, pág. 237.
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