“Algumas entidades religiosas do país manifestaram-se contra a directiva do Serviço de Educação do Gana (GES) para as Escolas Secundárias aumentarem as horas de aula para os alunos do último ano, incluindo sábados.
Falando com a “Adom News”, o gerente da Unidade de Educação Adventista do Sétimo Dia, P. Y. Frempah diz que a Igreja Adventista fará todo o possível para resistir a sugestão do GES.
Frempah insiste que a directiva é contra os seus direitos religiosos que estão consagrados na Constituição de 1992 do Gana. Os membros da igreja cultuam aos Sábados e, desse modo, acreditam que seus filhos vão ter os seus direitos infringidos se forem obrigados a frequentar a escola nesse dia.
Frempah também explica que a extensão do horário de aulas por si só não vai resolver o problema do mau desempenho no Certificado de Exame de Educação Básica, pois o sistema exige o compromisso tanto de alunos como professores.
Um professor aposentado da Universidade de Gana, o Sheik Shuaib Abubakar também disse que os muçulmanos no país irão certificar-se de que a directiva não veja a luz do dia.
Ele disse que não terão problemas com a directiva, se o GES pode providenciar um estudioso islâmico que ensine Àrabe e Islão os estudantes muçulmanos aos sábados, pois é apenas nesses dias que eles vão às mesquitas para aprender esses dois temas.
No entanto, o vice-diretor do Serviço de Educação do Gana (GES), Stephen Adu, disse queas escolas podem decidir se devem realizar as suas aulas no Sábado ou domingo, dependendo da sua localização.
Falando à “Adom News”, Adu afirmou que as escolas que serão afetadas com o dia extra de aulas, podem optar pelo Sábado, domingo ou outras alternativas adequadas.
Ele afirmou que o movimento é apenas uma medida de curto prazo, enquanto uma solução definitiva está a ser trabalhada para corrigir o problema dos maus resultados.”Fonte: Joy Online (negritos meus para destaque)
Nota O Tempo Final [fonte deste post]: pelo que se vê, daqui poderá não sair nada de relevante. O que fica claro é que havendo interesses maiores que sejam invocados, valores religiosos, no caso de minorias, podem ser colocados em causapelos governos.
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