quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A conspiração da bondade


TEMPO DE REFLETIR – 8 de novembro de 2012
Deem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês. Lucas 6:38
Durante os dias escuros de 1940, à medida que forças de Hitler assumiam o controle da Europa com poder aparentemente impossível de ser detido, uma luz de graça brilhou com força e coragem. Ela brilhou através de um diplomata japonês que, num momento crucial de sua vida, ficou com o destino de milhares de pessoas nas mãos.
O pai de Chiune Sugihara tinha planejado uma carreira promissora para o filho na área da medicina, mas Chiune não queria ser médico. Quando fez o exame de admissão para a escola de medicina, ele deliberadamente reprovou. O pai descobriu a razão da reprovação e, furioso, recusou-se a ajudar o jovem a prosseguir nos estudos.
Assim, Chiune trilhou os próprios caminhos. Ele trabalhou para juntar os recursos, matriculou-se na universidade e graduou-se em Inglês. Ao deparar-se com o anúncio para o serviço diplomático, ele ganhou uma bolsa de estudos ao concorrer com muitos outros candidatos. Fluente em vários idiomas, esse diplomata educado e de boa aparência deu início a uma carreira que parecia destinada a notáveis realizações. Em Manchuria, ele negociou um acordo importante com a Rússia. Em seguida, com o início da guerra, foi enviado para o estado báltico da Lituânia para fazer parte da inteligência das tropas de ação.
Em 1940, Hitler determinou que os judeus fossem exterminados. Com as forças nazistas ganhando terreno ao oeste e os exércitos russos fechando o cerco ao leste, o tempo estava se esgotando. Os judeus buscavam um lugar para se refugiar e o encontraram em Curaçao, ilha de domínio holandês no Caribe, que exigia visto de entrada. Mas, primeiro, tinham que passar pelo Japão, o que significava que tinham que conseguir um visto japonês para cruzar a Rússia.
Milhares de judeus desesperados rogaram a ajuda de Sugihara. Sem permissão de Tóquio e trabalhando 18 horas por dia, ele emitiu mais de dois mil vistos, assinando-os até o último minuto quando o trem o levou para assumir responsabilidades em outro lugar.
No fim da guerra, Sugihara retornou para Tóquio e foi removido do corpo diplomático. Ele foi forçado a realizar trabalhos servis para manter a família. Por muitos anos Sugihara se recusou a falar sobre sua atitude durante a Segunda Guerra Mundial. Por fim, pressionado a explicar a razão de ter desobedecido às ordens, visto que isso não lhe trouxe nenhum benefício, ele simplesmente respondeu: “Fazemos o que é certo simplesmente porque é certo.”
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-> Texto: William G. Johnsson, do devocional 2012 “Jesus a preciosa graça”, da Casa Publicadora Brasileira.  http://www.cpb.com.br
-> Música: Coral Jovem do IPAE, “Bondoso amigo”
-> Narração: Amilton Menezes

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