Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “O justo viverá pela fé.” Romanos 1:17
Muito tempo atrás, um jovem sincero tentou tudo o que a igreja de sua época tinha a oferecer, e nada deu certo. Uma nova religião nasceu.
Martinho Lutero, intelectualmente dotado, mas atribulado em espírito, renunciou ao mundo e a seus prazeres para seguir a vida solitária do claustro. Monge da ordem franciscana, ele castigou seu corpo na tentativa de encontrar paz com Deus. Orações, jejuns, penitências, vigílias – ele era incansável em sua busca.
“Fui um bom monge, e segui as regras de minha ordem de maneira tão rígida que posso dizer que, se um monge alcançasse o Céu por seu comportamento, eu seria essa pessoa”, Lutero escreveu mais tarde. “Se tivesse continuado um pouco mais, teria me matado com as vigílias, orações, leituras e outras obras.”
Lutero, então, teve a oportunidade de visitar Roma. Cheio de alegria, contemplou todos os lugares sagrados e as relíquias encontradas ali que, segundo acreditava, poderiam saciar a alma sedenta. Mas todas elas falharam em trazer-lhe o conforto que tanto almejava.
A igreja prescreveu a confissão, e foi exatamente isso que ele fez por horas a fio, até esgotar a paciência de seu confessor. Mas, no silêncio da noite, ele se lembrou de algo que não tinha confessado. Ou pior: e se houvesse outros pecados dos quais não conseguisse se lembrar?
A igreja também prescreveu algo místico: lançar-se no oceano do amor de Deus. Mas, ao contemplar Cristo vindo para julgar o mundo, Lutero não conseguiu amá-Lo. “Amar Deus? Eu O odiava!” Foi sua resposta desesperadora.
Em seguida, ele foi escolhido para ensinar Bíblia na Universidade de Wittenberg. Começando com Salmos, ele se deparou com o clamor de desamparo que Jesus proferiu da cruz: “Meu Deus! Meu Deus! Por que Me abandonaste?” (Sl 22:1). Esse também era o clamor do coração de Lutero! Ele concluiu Salmos, começou Romanos e, em seguida, Gálatas. Lutando para compreender o que Paulo quis dizer com “justificação”, ele finalmente descobriu que “a justiça de Deus é a justificação pela qual, por meio da graça e da absoluta misericórdia, Deus nos justifica pela fé”.
Lutero foi libertado, e nasceu a Reforma.
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-> Texto: William G. Johnsson, do devocional 2012 “Jesus a preciosa graça”, da Casa Publicadora Brasileira. http://www.cpb.com.br
-> Música: Coral Jovem do IACS, “O justo viverá pela fé”
-> Narração: Amilton Menezes
-> Música: Coral Jovem do IACS, “O justo viverá pela fé”
-> Narração: Amilton Menezes
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