TEMPO DE REFLETIR – 25 de fevereiro de 2014
“E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (II Coríntios 5:17)
A carta terminava assim: “Essa é a história da minha vida, um erro atrás do outro, uma besteira atrás da outra. E o que resta? Só farrapos, só cacos que ninguém mais poderá juntar. A vida acabou. Não há mais futuro para mim, ninguém mais acredita em mim, todos me condenam.”
Fiquei ali com a carta sobre a mesa, olhando através da janela de minha sala, e lembrei-me então de outra garota que viveu há quase dois mil anos.
Seu nome era Maria, e tinha feito tanta coisa errada na vida, tinha “quebrado a cara” tantas vezes e se machucado tanto, que ninguém seria capaz de acreditar que pudesse se levantar. Mas um dia encontrou-se com Jesus, foi perdoada e transformada. Sua gratidão foi tão grande que, durante uma festa, em meio a muita gente, lavou os pés de Jesus com um perfume caro, beijou-os e enxugou-os com seus cabelos longos. Aí, um fariseu viu a cena e pensou: “Se esse homem fosse profeta, saberia que essa mulher é uma pecadora”. Note bem o que disse o fariseu: “… é uma pecadora”. Para os homens, alguém que “foi” sempre continuará sendo, carregará o estigma de seu erro porque o pecado estava entre a mulher e o seu passado; mas Ele – Jesus - é que faz a diferença entre o passado e o presente, a vida e a morte, o fracasso e a vitória.
Jesus não conta o passado, por mais improdutivo que tenha sido.
Para Ele, a história de minha vida é apenas história, por mais que ela esteja cheia de episódios escabrosos. O que conta para Ele é o meu presente e o meu futuro, e Ele sempre vê um futuro maravilhoso e promissor em qualquer pessoa.
Às vezes, a gente cai, se levanta, pede perdão, torna a cair e pede novamente perdão. Você diz, todo envergonhado: “Senhor, estou aqui outra vez.” E Jesus olha para você com amor e pergunta: “Outra vez? Porque outra vez, se é a primeira vez que vejo você aqui?” Sabe, quando Jesus perdoa, Ele esquece. Lança seu passado no fundo do mar e lhe mostra o azul límpido de um céu sem limites, cheio de possibilidades futuras.
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