Manaus - Um anexo do Hospital Adventista, que estava em construção, desabou por volta das 6h45, desta quarta-feira (16). O Corpo de Bombeiros foi acionado e informou que ainda não há registro de vítimas. Segundo a direção do hospital, uma criança ficou ferida por um estilhaço de tijolo. O expediente foi suspenso e o local foi interditado, apenas a parte do Pronto Socorro segue funcionando.
Segundo a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, ainda não se sabe as causas do desmoronamento, que serão apontadas por engenheiros da obra. Uma equipe de Busca, Resgate Salvamento com Cães (BRESC) foi mobilizada.
O prédio anexo fica próximo a ala pediátrica e, no local, funcionaria as futuras instalações do setor administrativo do hospital.
O coronel Fernando Júnior, subcomandante da Defesa Civil, explicou que não houve vítimas. "Confirmamos através do circuito interno os funcionários que estavam no local. Estamos realizando um aparato técnico para descobrir os motivos do desabamento", afirmou.
O assessor jurídico do Hospital Adventista, Josenir Teixeira, informou que a documentação da obra estava regular e a responsável pela construção é a Antonelli Construções. “Infelizmente, houve esse desabamento. O local serviria para o setor administrativo. Imediatamente acionamos a equipe de gerenciamento de crise”, afirmou Teixeira.
Segundo o assessor jurídico, foram verificadas as câmeras de segurança e foi constatada, no visual, que próximo ao horário da ocorrência, havia cinco pessoas transitando pela estrutura, mas que foram localizadas posteriormente por contato telefônico.
Um garoto de 8 anos, atingido por um estilhaço do tijolo, segundo Josenir Teixeira. A criança teve um ferimento leve na testa e foi atendido pelo próprio hospital.
O coronel Raimundo Rodrigues da Silva, do Corpo de Bombeiros, informou que no local, trabalham ainda 20 homens e quatro viaturas. Não há previsão de término. “Vamos trabalhar até não haver nenhum tipo de risco para os funcionários e pacientes”, afirmou.
O subcomandante informou que Secretaria de Obras da Prefeitura e do Estado, além do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (CREA-AM), foram chamados para interditar o local.
Correria
O universitário Francisco das Chagas Neto acompanha a mãe que está na ala cirúrgica. "Ouvi um estrondo muito forte. Os funcionários começaram a correr e fui procurar informações sobre a minha mãe. Na ala pediátrica, vi uma mãe e uma criança ensanguentadas, caídas embaixo do forro", afirmou.
Consultas
A interdição prejudicou as consultas agendadas. O soldador Sávio da Silva Frota trouxe o filho de dois anos para o pediatra e foi informado que o prédio estava interditado e sem previsão de remarcação de consultas. "Vim do (bairro) Zumbi, foi difícil chegar, e agora nem sei quando meu filho será consultado", disse.
De acordo com a aposentada, Maria Auxiliadora, as consultas no hospital estão sendo agendadas para outro dia. "Vim trazer meu pai para uma consulta, e não conseguimos entrar, por causa do desabamento. O pessoal da administração nos avisou que todas as consultas serão remarcadas, mas ainda não sabemos o dia", afirmou.
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