O catolicismo continua em declínio no Brasil. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, uma pesquisa feita em 2009 e divulgada nesta terça-feira, 23, mostra que o país tem uma menor proporção de católicos em comparação com décadas anteriores, e que a diminuição é acentuada, embora os brasileiros católicos ainda sejam maioria. Em 1991, a população católica era de 83,34%; em 2000, 73,89%; e em 2009, de 68,3%. O contrário aconteceu com a religião evangélica: só entre 2003 e 2009, o número de adeptos desta religião cresceu 13,13%, representando 20,23% da população.
O estudo da FGV mostrou ainda que o número de pessoas que dizem não ter religião aumentou de 5,13% para 6,72%, entre 2003 e 2009. As mulheres ainda representam maior religiosidade que os homens: 5% delas não possuem crença, contra 8,52% deles.
Ainda de acordo com o mapa, os estados mais católicos são da Região Nordeste, com 74,9% da população. No estado fluminense, que irá sediar a Jornada Mundial da Juventude em 2013 com a presença do Papa Bento XVI, menos da metade da população se diz católica (49,83%). O estado do Rio de Janeiro ainda é o segundo no ranking dos mais descrentes, com 15,95% da população se declarando sem religião.
O Rio é recordista em religiões espíritas (3,37%) e afrobrasileiras (1,61%) e segundo nas religiões orientais (0,69%), ficando atrás apenas de São Paulo (0,78%). O estado com maior proporção de evangélicos pentecostais é o Acre (24,18%).
O estudo ainda fez um raios-x das religiões por classe. A pesquisa mostra que a maior proporção de religiosos está nas classes E (7,72%) e AB(6,72%). Essas classes também reúnem o maior número de católicos – 72,72% das pessoas de classe E e 69,07% das classes AB. Os evangélicos pentecostais se apresentam em maior número na classe D, totalizando14,98%
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