terça-feira, 3 de julho de 2012

O que as vítimas de estupro pensariam das afirmações de alguns ateus?


Enquanto concluía uma resposta aos questionamentos de um respeitoso, mas, insensível (aparentemente) ateu, quase não conseguia acreditar que uma pessoa iria tão longe para “justificar” a própria descrença.
Um rapaz que tem participado de alguns debates neste blog afirmou que o estupro é uma questão subjetiva (pessoal). Sim, acredite. Para ele, o estupro pode não ser imoral “se” for praticado em culturas que não encarem esse ato horrendo como um crime.
A resposta dada a ele você poderá ler clicando aqui. Porém, voltemos à afirmação do internauta ateu, de que o estupro “não é uma moral objetiva”.
O que esse ateu ignorou é que, independente da cultura na qual uma mulher se encontre, ela sempre será prejudicada pelo estupro. Em qualquer período da história a mulher se sentirá ferida, humilhada, arrasada psicologicamente. Por isso, não acredito que alguém que tenha tido a terrível experiência de ter na família uma pessoa vítima de estupro, sequer cogite que isso seja uma “moral subjetiva”.
Pergunto-me o que as internautas desse blog pensarão ao ler o argumento desse ateu equivocado. Com base no que ele afirmou, até mesmo o canibalismo deixa de ser imoral “dependendo da cultura” na qual o “alimento” se encontre…
O desespero ateístico é evidente. Se for provado que existe uma moral objetiva, o ateu se verá forçado a provar que não existe um Legislador Moral Objetivo para essa lei moral intrínseca ao ser humano, e que o ajuda a ter noção do que é certo ou errado (Rm 2:14-16), mesmo que não tenha tido contato com a Revelação Escrita, a Bíblia.
Em todas as culturas e em qualquer época, as mulheres sempre foram e sempre serão prejudicadas com o estupro. E isso é uma prova racional a favor da existência de uma lei moral dentro de cada mulher, para ela saber que é errado e doloroso “fazer sexo” de maneira forçada. Mesmo que isso possa ter sido “socialmente aceito”, nunca a mulher deixou de sofrer as consequências desse ato horrendo.
A menos que o ateu que me escreveu tal barbaridade (de que o estupro é “subjetivo”) prove o contrário, ele terá que ser honesto intelectualmente para admitir que há uma lei moral objetiva, e que ela exige a existência de um Legislador Moral Supremo (Is 33:22; Tg 4:12). Sim, Deus tem que existir se você quiser ter base para definir que algo é bom ou mau.
Se Deus não existe como padrão moral objetivo, ateu algum pode justificar nem mesmo a própria bondade. Sendo a moral uma questão “subjetiva” ou “relativa”, que depende de “fatores culturais”, nenhum ateu pode acusar Saddam Hussein de ser ditador e muito menos Bin Laden de ser um homicida, por acreditar que o ato criminoso dele contra os EUA era “moralmente correto”.
A Bíblia dá mais valor à mulher do que o ateísmo
Enquanto que para alguns ateus (não quero acreditar que todos pensem como o internauta que me escreveu) o estupro é uma questão “subjetiva” e “cultural”, para Deus é algo objetivo e grave, que era punido com a pena de morte nos dias do Antigo Testamento (Dt 22:25).
É impressionante o tipo de “hermenêutica” utilizada por ateus para dizer que o Deus da Bíblia é “machista”. Eles não diferenciam aquilo que a Bíblia registra de errado na cultura hebreia (exemplo: poligamia – ver 1Rs 11:1-4) dos princípios que Deus definiu no trato com a mulher, como este que encontramos em Efésios 5:27:
“Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo” (Grifos acrescentados).
O papel da mulher na Bíblia merece mais que um artigo. Por isso, já vou concluir o assunto que me propus a tratar desde o início.
A Bíblia ensina que também o corpo da mulher é o templo do Espírito Santo (1Co 6:19, 20) e que ele é sagrado (1Co 3:16, 17), não importa em qual período da história ela tenha vivido.
Independente da cultura na qual uma mulher se encontre, o estupro sempre será uma afronta a Deus e um crime violento contra a mente e o corpo da vítima.
Percebeu a diferença entre o ateísmo e a Bíblia? Pôde analisar a diferença entre acreditar numa Lei Moral absoluta ou simplesmente crer que a moral é uma questão relativa?
Não tenho dúvidas de que, além de ser obrigada a fazer um tremendo malabarismo intelectual, uma pessoa precisa de muita fé para ser ateu. Com todo o respeito e sem sarcasmo algum, não tenho tanta fé assim.
É mais racional acreditar na existência de um Legislador Moral absoluto do que no acaso cego como ponto de partida da moralidade. Afinal, toda lei tem um autor.

[www.leandroquadros.com.br]

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