Enquanto concluía uma resposta aos questionamentos de um respeitoso, mas, insensível (aparentemente) ateu, quase não conseguia acreditar que uma pessoa iria tão longe para “justificar” a própria descrença.
Um rapaz que tem participado de alguns debates neste blog afirmou que o estupro é uma questão subjetiva (pessoal). Sim, acredite. Para ele, o estupro pode não ser imoral “se” for praticado em culturas que não encarem esse ato horrendo como um crime.
A resposta dada a ele você poderá ler clicando aqui. Porém, voltemos à afirmação do internauta ateu, de que o estupro “não é uma moral objetiva”.
O que esse ateu ignorou é que, independente da cultura na qual uma mulher se encontre, ela sempre será prejudicada pelo estupro. Em qualquer período da história a mulher se sentirá ferida, humilhada, arrasada psicologicamente. Por isso, não acredito que alguém que tenha tido a terrível experiência de ter na família uma pessoa vítima de estupro, sequer cogite que isso seja uma “moral subjetiva”.
Pergunto-me o que as internautas desse blog pensarão ao ler o argumento desse ateu equivocado. Com base no que ele afirmou, até mesmo o canibalismo deixa de ser imoral “dependendo da cultura” na qual o “alimento” se encontre…
O desespero ateístico é evidente. Se for provado que existe uma moral objetiva, o ateu se verá forçado a provar que não existe um Legislador Moral Objetivo para essa lei moral intrínseca ao ser humano, e que o ajuda a ter noção do que é certo ou errado (Rm 2:14-16), mesmo que não tenha tido contato com a Revelação Escrita, a Bíblia.
Em todas as culturas e em qualquer época, as mulheres sempre foram e sempre serão prejudicadas com o estupro. E isso é uma prova racional a favor da existência de uma lei moral dentro de cada mulher, para ela saber que é errado e doloroso “fazer sexo” de maneira forçada. Mesmo que isso possa ter sido “socialmente aceito”, nunca a mulher deixou de sofrer as consequências desse ato horrendo.
A menos que o ateu que me escreveu tal barbaridade (de que o estupro é “subjetivo”) prove o contrário, ele terá que ser honesto intelectualmente para admitir que há uma lei moral objetiva, e que ela exige a existência de um Legislador Moral Supremo (Is 33:22; Tg 4:12). Sim, Deus tem que existir se você quiser ter base para definir que algo é bom ou mau.
Se Deus não existe como padrão moral objetivo, ateu algum pode justificar nem mesmo a própria bondade. Sendo a moral uma questão “subjetiva” ou “relativa”, que depende de “fatores culturais”, nenhum ateu pode acusar Saddam Hussein de ser ditador e muito menos Bin Laden de ser um homicida, por acreditar que o ato criminoso dele contra os EUA era “moralmente correto”.
A Bíblia dá mais valor à mulher do que o ateísmo
Enquanto que para alguns ateus (não quero acreditar que todos pensem como o internauta que me escreveu) o estupro é uma questão “subjetiva” e “cultural”, para Deus é algo objetivo e grave, que era punido com a pena de morte nos dias do Antigo Testamento (Dt 22:25).
É impressionante o tipo de “hermenêutica” utilizada por ateus para dizer que o Deus da Bíblia é “machista”. Eles não diferenciam aquilo que a Bíblia registra de errado na cultura hebreia (exemplo: poligamia – ver 1Rs 11:1-4) dos princípios que Deus definiu no trato com a mulher, como este que encontramos em Efésios 5:27:
“Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo” (Grifos acrescentados).
O papel da mulher na Bíblia merece mais que um artigo. Por isso, já vou concluir o assunto que me propus a tratar desde o início.
A Bíblia ensina que também o corpo da mulher é o templo do Espírito Santo (1Co 6:19, 20) e que ele é sagrado (1Co 3:16, 17), não importa em qual período da história ela tenha vivido.
Independente da cultura na qual uma mulher se encontre, o estupro sempre será uma afronta a Deus e um crime violento contra a mente e o corpo da vítima.
Percebeu a diferença entre o ateísmo e a Bíblia? Pôde analisar a diferença entre acreditar numa Lei Moral absoluta ou simplesmente crer que a moral é uma questão relativa?
Não tenho dúvidas de que, além de ser obrigada a fazer um tremendo malabarismo intelectual, uma pessoa precisa de muita fé para ser ateu. Com todo o respeito e sem sarcasmo algum, não tenho tanta fé assim.
É mais racional acreditar na existência de um Legislador Moral absoluto do que no acaso cego como ponto de partida da moralidade. Afinal, toda lei tem um autor.
[www.leandroquadros.com.br]
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