Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Efésios 2:8
O propósito e o plano da graça existiram desde a eternidade. Antes da fundação do mundo, estava em harmonia com o resoluto desígnio de Deus que o ser humano fosse criado, dotado com poder para fazer a vontade divina. Mas a queda humana, com todas as suas consequências, não era desconhecida do Onipotente e, no entanto, ela não O impediu de levar avante Seu eterno propósito, pois o Senhor estabeleceria Seu trono em justiça. Deus conhece o fim desde o princípio: “O Senhor, que faz todas estas coisas que são conhecidas desde toda a eternidade” (At 15:17, 18). Portanto, a redenção não foi um recurso posterior – formulado depois da queda de Adão –, mas um eterno propósito a ser posto em funcionamento para bênção não apenas deste átomo de mundo, mas para o bem de todos os mundos que Deus havia criado.
A criação dos mundos e o mistério do evangelho têm um propósito único: tornar claro a todas as inteligências criadas, por meio da natureza e por meio de Cristo, as glórias do caráter divino. Pela maravilhosa demonstração de Seu amor em dar “Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16), a glória de Deus é revelada à humanidade perdida e às inteligências dos outros mundos. O Senhor do Céu e da Terra revelou Sua glória a Moisés, ao elevar uma oração a Jeová em favor da idólatra Israel e suplicar: “Rogo-te que me mostres a Tua glória” (Ex 33:18) [...]
É privilégio de todo seguidor de Cristo contemplar a glória de Deus, compreender Sua bondade e saber que Ele é um Deus de infinita misericórdia e amor. [...] Jesus veio para revelar o Pai, para tornar conhecida Sua glória perante a humanidade. Ninguém é excluído dos privilégios do evangelho. [...]
O mistério do evangelho foi proclamado no Éden, ocasião em que o perdido par foi pela primeira vez culpado de transgressão, pois Deus disse à serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”
(Gn 3:15). Se Satanás pudesse ferir a cabeça com suas sutis tentações, a família humana estaria perdida. Mas o Senhor revelou o propósito e o plano do mistério da graça: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Signs of the Times, 25 de abril de 1892).
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