quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Tempo de Refletir


6 de setembro Quinta


O Alimento e a Graça


Não vos deixeis envolver por doutrinas várias e estranhas, porquanto o que vale é estar o coração confirmado com graça e não com alimentos, pois nunca tiveram proveito os que com isto se preocuparam. Hebreus 13:9, ARA

Durante o período em que cursei a faculdade na Austrália, dividi o quarto por um tempo com um rapaz interessante. O passatempo predileto de Roy era fabricar violinos – e ele era muito bom nisso. Outra característica de Roy que chamava a atenção era a etiqueta à mesa.

A faculdade era mista, o que em si parecia uma filosofia questionável, pois as muitas regras de comportamento pareciam ter sido criadas para manter os sexos opostos bem longe um do outro. Por exemplo, o único lugar em que um rapaz tinha permissão para falar com uma moça era no gramado, uma área quadrada com bancos em frente à janela do escritório do presidente da instituição.

As refeições eram exercícios práticos, criados pelo corpo docente sempre alerta com o intuito de os alunos desenvolverem (assim esperavam) boas maneiras sem incentivar a intimidade. Os rapazes entravam por uma porta, as moças por outra. Funcionários direcionavam-nos às mesas para quatro pessoas, dois a dois, frustrando vigilantemente qualquer plano organizado antecipadamente para sentar à mesa.

Assim que as meninas viam Roy ser encaminhado para a mesa em que estavam, ficavam furiosas. Roy sempre pegava muita comida – às vezes duas bandejas – e, como se preocupava muito com a saúde, insistia em mastigar cada bocado 33 vezes. A mesa de Roy sempre era a última a deixar o refeitório.

Eu sempre conseguia tirar Roy do sério ao questionar-lhe sobre o pão branco. “Pão branco!”, explodia. “Não é bom nem para alimentar porcos!” Eu também concordava com Roy que aquilo que comemos nos afeta física, mental e espiritualmente. Gosto de praticar exercício e correr maratonas; e para isso é preciso comer de forma saudável. É preciso comer de forma correta para pensar de forma correta. Além disso, é muito, muito difícil agir com graça e bondade para com os outros quando se tem acidez de estômago.

Algumas pessoas, no passado e ainda hoje, querem tornar o alimento uma questão de fé e a dieta uma questão de devoção. Essas coisas estão relacionadas, mas são mundos completamente diferentes. O coração é confirmado apenas com a graça.

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